• Abanação – operação mecânica pela qual se separa a palha dos grãos dos cereais.

• Abate – (1) é uma das operações principais da exploração florestal. Consiste no corte de árvores que serão usadas em processos de transformação ou para geração de energia. Normalmente este corte é feito o mais junto possível ao solo impedindo assim o rebrotamento. (2) consiste na matança de animais para fins de consumo ou comercialização

• Abanação – operação mecânica pela qual se separa a palha dos grãos dos cereais. 

• Abate – (1) é uma das operações principais da exploração florestal. Consiste no corte de árvores que serão usadas em processos de transformação ou para geração de energia. Normalmente este corte é feito o mais junto possível ao solo impedindo assim o rebrotamento. (2) consiste na matança de animais para fins de consumo ou comercialização. 

• Abiótico – (1) local ou processo caracterizado pela ausência de seres vivos. (2) condições físico-químicas do meio ambiente: água, luz, temperatura, clima, rochas, minerais etc. (3) refere-se aos elementos inorgânicos, ou seja, que não possuem vida. 

• Aboio – toada monótona, geralmente composta apenas com os sons das vogais, com que os vaqueiros guiam as boiadas ou chamam os bois dispersos. • Absentista ou Abstencionista – proprietário de terrenos florestais que vive, normalmente, longe das suas propriedades e que por conseqüência disso não tira partido ou não gere convenientemente essas mesmas áreas. 

• Absorção – (1) fixação de uma substância, geralmente líquida ou gasosa, no interior da massa de outra substância, em geral sólida, e resultante de um conjunto complexo de fenômenos de capilaridade, atrações eletrostáticas, reações químicas etc. (2) função pela qual as células dos seres vivos fazem penetrar em seu meio interno, em uma parte da célula ou em espaços intercelulares, as substâncias que lhes são necessárias. 

• Abundância – refere-se à quantidade de indivíduos de determinada espécie encontrada em um determinado espaço físico. Ver ocorrência.

 • Acabamento – v er terminação. • Acácia – gênero das leguminosas mimosóideas, que abrange cerca de 1300 espécies nativas das regiões mais quentes da Austrália, Papua Nova Guiné, Indonésia e da África. Produz celulose de fibra curta e já esta sendo utilizada pele indústria devido à boa qualidade da polpa, alto rendimento de celulose, maior produção de serrapilheira e alta fixação de nitrogênio, baixa exigência nutricional e grande capacidade competitiva com gramíneas. 

• Açafrão – (1) planta herbácea da família das iridáceas (Crocus sativus), de procedência européia, e possuidora de um bolbo perene. (2) pó preparado com os estigmas dessa flor, de cor amarelo forte, e utilizado como matéria-prima na fabricação de corante, tempero culinário e medicamento. Ver urucum. 

• Açafrão-da-terra – planta da família das zingiberáceas (Curcuma longa) mesma família do gengibre, de frutos capsulares, usada em medicina e culinária, cujas raízes fornecem óleo essencial, amido, matéria corante, aromatizante; também é utilizada como condimento; gengibre-dourado. 11 

• Açaí – palmeira (Euterpe oleracea), de cujos frutos se faz uma espécie de papa muito apreciada; uaçaí, açaí-branco, açaí-do-pará, açaizeiro, coqueiro-açaí, iuçara, juçara, palmiteiro, palmito, piná, tucaniei. 

• Ácaro – denominação dada aos aracnídeos microscópicos da ordem Acarinos; que se desenvolvem nos mais diversos meios, havendo espé- cies que vivem na farinha, no queijo ou em outras substâncias alimentícias; algumas são ectoparasitas de animais (carrapatos) ou de plantas. Atacam folhas, frutos e ramos de diversas plantas, principalmente quando há aumento da umidade do ar. 

• Aceiro – faixa sem vegetação que divide um povoamento florestal ou uma lavoura, de modo a evitar a propagação de incêndios ou pragas. • Achas – peças de madeira proveniente de rachaduras longitudinais de uma tora, também denominada lascas. 

• Aciaria – usina ou parte de uma usina siderúrgica destinada à produção de aço. 

• Acidez do solo – fenômeno causado pelo excesso de hidrogênio e alumínio no solo. 

• Ácido – (1) designação genérica de certas substâncias ácidas, corrosivas, venenosas, capazes de causar queimaduras na pele, geralmente usadas para limpeza de peças metálicas ou dissolução de crostas calcárias. (2) substância capaz de ceder prótons (íons hidrogênio, que em água são hidratados, formando íons hidrônio) ou de receber um par de elétrons não compartilhados, previamente localizado em uma base, formando com esta uma ligação covalente (conceito mais amplo, devido ao químico norte-americano G. N. Lewis [1875-1946]); tais substâncias reagem com bases para formar sais e, muitas vezes, provocam mudança de cor característica em indicador, como, por exemplo, o tornassol. (3) diz-se de solu- ção, ou substância posta em solução, cujo pH é menor que 7. • Ácido acético – ácido carboxílico, líquido, incolor, com cheiro característico, presente em cerca de 7% no vinagre, obtido por fermentação do vinho ou pela oxidação catalítica do acetileno; ácido etanóico. 

• Ácido acetilsalicílico – sólido incolor, cristalino, derivado do ácido salicílico, usado como analgésico e antipirético; aspirina. • Ácido acrílico – ácido carboxílico insaturado, líquido, incolor, com cheiro parecido com o do ácido acético, usado na fabricação de resinas acrílicas; ácido vinilfórmico. 

• Ácido aspártico – aminoácido natural, ácido, que contém outro grupo ácido carboxílico, além daquele adjacente ao grupo amina.

• Ácido benzóico – ácido carboxílico aromático, derivado do benzeno, cristalino, incolor, usado para preservar bebidas, como anti-séptico, e na indústria de corantes. 12 

• Ácido cítrico – ácido tricarboxílico, cristalino, incolor, presente nos sucos das frutas cítricas. 

• Ácido clorídrico – gás clorídrico em solução, muito ativo, com cheiro forte e sufocante, com importantes usos industriais 

• Ácido desoxirribonucléico (DNA) – Molécula que contém a informa- ção genética, formada por duas cadeias paralelas de nucleotídeos interligados. Sigla: ADN (inglês) e DNA. • Ácido graxo – ácidos carboxílicos, geralmente de cadeia longa, linear e número par de átomos de carbono, encontrado, sob forma combinada, em óleos, gorduras e outros lipídios; ácido gordo. • Ácido láurico – ácido graxo saturado, cristalino, com baixo ponto de fusão, presente no leite, no óleo de coco e no espermacete; ácido dodecanóico. • Ácido linoléico – ácido graxo, líquido, com duas insaturações, encontrado em diversos óleos vegetais. • Ácido linolênico – ácido graxo com três insaturações, líquido, incolor, presente sob a forma de éster nos óleos secativos. • Ácido lipóico – certas substâncias que são fatores de crescimento de micróbios e especialmente o ácido carboxílico com duas sulfidrilas, encontrado no fígado e no lêvedo, e é uma das coenzimas necessárias à descarboxilação de piruvato catalisada por uma desidrogenase. • Ácido muriático – ácido clorídrico impuro, usado industrialmente em diversos processos, líquido, amarelo-esverdeado. • Ácido nítrico – líquido incolor, fortemente ácido, muito reativo, oxidante, com numerosíssimas aplicações industriais. • Ácido nucléico – molécula de que há dois tipos básicos (o ácido ribonucléico ou ARN, e o ácido desoxirribonucléico ou ADN), constituí- da pela polimeração de unidades chamadas nucleotídeos. • Ácido oleanólico – ácido carboxílico triterpênico, pentacíclico, encontrado em várias plantas, inclusive sob forma de saponina. • Ácido oléico – ácido graxo, insaturado, encontrado sob a forma de ésteres em inúmeros óleos de origem animal ou vegetal, líquido, incolor, cujos sais constituem parte de diversos sabões. • Ácido pirolenhoso – solução obtida de material proveniente, ou resultante, da fumaça de lenha usada na produção de carvão. • Ácido ribonucleico (RNA) – molécula envolvida na transcrição e tradu- ção da informação genética, formada por uma cadeia de nucleotídeos) interligados. Sigla: ARN e RNA (inglês). • Ácido salicílico – ácido carboxílico aromático, cristalino, incolor, bactericida e fungicida, existente em alguns vegetais, e usado em medicina. 13 • Ácido úrico – substância cristalina, pulverulenta, incolor, existente em pequenas quantidades na urina humana. • Ácidos graxos – são compostos formados por cadeias de átomos de carbono ligados a hidrogênio, presentes em gorduras e óleos. Podem ser classificados de acordo com o tamanho (curta, média, longa) ou com o tipo de ligação da cadeia hidrocarbonada (saturados, mono e poliinsaturados). • Ácidos graxos essenciais – são poliinsaturados não sintetizados pelas células do organismo, portanto, devem ser adquiridos através da alimentação. Existem dois ácidos graxos essenciais, são eles: ômega-3 (ácido linolênico) e ômega-6 (ácido linoléico). O ácido graxo ômega-3 é encontrado principalmente nos peixes e óleos de peixe. Por outro lado, as melhores fontes alimentares de ácido graxo ômega-6 são os óleos vegetais (girassol, milho, soja, algodão). • Ácidos Graxos Insaturados – são normalmente encontrados na forma líquida (óleo) e em produtos de origem vegetal, exceto para os óleos de peixe, que também são ricos em ácidos graxos insaturados, apesar de serem produtos de origem animal. Contêm uma ou mais ligações duplas na cadeia. Quando os hidrogênios se encontram no mesmo lado do plano, são chamados de cis, se estão em lados opostos, de trans. Os ácidos graxos trans estão presentes em produtos industrializados, como na margarina e na gordura vegetal hidrogenada. Em excesso, os ácidos graxos trans são tão ou mais prejudiciais que os ácidos graxos saturados, no que diz respeito à elevação dos níveis de colesterol sangüíneos. • Ácidos Graxos Saturados – são normalmente encontrados na forma sólida (gordura) e em produtos de origem animal como leite integral, manteiga, creme de leite, chantilly, queijos gordurosos (provolone, parmesão, mussarela), banha, bacon, sebo, toucinho, gordura das carnes, pele das aves e dos peixes. A exceção é feita para a gordura do coco, que é rica em ácidos graxos saturados, apesar de ser um alimento de origem vegetal. O consumo de alimentos contendo ácidos graxos saturados além da quantidade recomendada, é prejudicial, pois contribui para o aumento das taxas de colesterol no sangue. • Acidulante – substância que é adicionada aos alimentos para torná-los ou intensificar o sabor levemente ácido. • Aclimatação ou aclimação – (1) faculdade que tem um ser vivo de, à custa de algumas modificações, viver e reproduzir-se em novo meio, diferente do habitual. Adaptação, ajustamento. (2) processo de adaptação do indivíduo às condições ambientais antes de ser efetuado o plantio ou sua introdução no meio. 14 • Aclorofilada – vegetal desprovido de clorofila, portanto sem coloração verde. • Acre – antiga unidade de superfície utilizada na medição de terrenos, ainda hoje usada na Inglaterra e nos Estados Unidos, e que equivale a 4,047 m2. • Açúcar – (1) grupo de carboidratos que compreendem substâncias de sabor adocicado, geralmente solúveis em água, como a sacarose, a glicose e a frutose. (2) substância derivada do metabolismo vegetal e animal, encontrada em abundância nos frutos, no mel, no sangue, e na urina dos diabéticos. • Açúcar branco ou refinado – açúcar muito refinado e clarificado, em que a sacarose está presente em alto grau de pureza. • Açúcar cristal – açúcar, parcialmente refinado e clarificado, em que se apresenta em forma de pequenos cristais e que sacarose está presente em menor grau de pureza que o o açúcar branco. • Açúcar demerara – açúcar extraído da cana de açúcar ainda com poucos processos de beneficiamento que apresenta coloração amarelada e formato de cristais. • Açúcar mascavo – variedade de açúcar extraído da cana-de-açúcar produzido em engenho ou usinas, com poucos processos de beneficiamento que apresenta coloração amarelo-queimada. • Açude (1) – construção destinada a represar águas, em geral para fins de irrigação; barragem, acéquia, presúria. (2) lago formado por represamento. • Acupuntura – método terapêutico alternativo de origem milenar utilizado pelos chineses e japoneses para tratamento de certos distúrbios ou perturbações funcionais ou para aliviar dores. O método consiste em introduzir uma ou várias agulhas metálicas muito finas em pontos cutâneos precisos, chamados meridianos, nos quais se localizam os fluxos de energia. Está sendo utilizado no tratamento de animais, principalmente pelos criadores que estão utilizando as técnicas de manejo orgânico. • Adaptabilidade – capacidade de uma espécie de viver em condições ambientais diferente de seu hábitat natural. • Adaptação – processo de um organismo ajustar-se a um ambiente diferente de seu hábitat natural, através da mudança de forma ou de função para sobreviver em determinadas condições ou situações apresentada pelo meio ambiente. • Adensamento – aumento da densidade de um povoamento, através da introdução de novos exemplares da mesma espécie no mesmo local de forma a aumentar o número já existente. 15 • Adiabático – (1) recipiente onde é difícil a troca de calor com o meio exterior. (2) diz-se de um processo de transformação que ocorre em um sistema em que não há trocas térmicas com o exterior. • Aditivo – qualquer substância adicionada intencionalmente à outra ou a compostos, além do ingrediente ativo e dos solventes, com a finalidade de melhorar seu desempenho, função, durabilidade, estabilidade etc. • Adobe – material argiloso e/ou siltoso que concentra nas bacias desérticas e são utilizados para produzir tijolos cozidos ao sol. • Adsorção – é a retenção efetuada pelos colóides do solo a retirada de substâncias contidas no ar ou na água. • Adsorção – fixação de moléculas de uma substância (o adsorvato) na superfície de outra substância (o adsorvente). • Adubação – ação de fertilizar uma área com qualquer substância, natural ou sintéticas, com finalidade de torná-la em condições de cultivo. Existem várias formas de adubação (a lanço, por cobertura, em covas etc.) e também vários tipos de substância (minerais, compostos químicos e orgânicos, vegetação) que são utilizadas para este fim. • Adubação foliar – forma de aplicação de uma substância fertilizante que consiste na utilização de um equipamento chamado pulverizador, normalmente esta substância é dissolvida em água ou outro meio líquido, e aplicada diretamente nas partes aéreas das plantas sendo absorvidas por estas partes. • Adubação homeopática – método de fertilização do solo para o cultivo de hortaliças, fruteiras, plantas ornamentais e outras espécies vegetais que utiliza preparados e soluções em conformidade com as normas da farmacopéia homeopática, em veículo alcoólico. • Adubação mineral – prática de fertilização que consiste na deposição de minerais no solo. Na agricultura orgânica a adubação mineral é utilizada como complemento a adubação orgânica. É permitido o uso de adubos minerais como cinzas, pó de basalto e de granito, argilas, vermiculitas, pó de algas, fosfatos de rocha, termofosfatos, carbonatos e guano (adubo rico em nitrogênio e fosfato produzido pela decomposição de fezes de aves marinhas). • Adubação orgânica – prática utilizada para fertilização do solo, que consiste na deposição no solo de matéria orgânica proveniente de resíduos de origem animal, vegetal, urbano e industrial. Apresenta elevados índices de componentes que constituem a parte orgânica dos solos, tais como o carbono orgânico, o nitrogênio, potássio, fósforos, cálcio, magnésio e outros. Embora apresentem concentração menor destes elementos que os adubos químicos, sua utilização pode trazer benefícios significativos 16 ao solo, às plantas, ao meio ambiente e ao homem. A incorporação de resíduos orgânicos pode melhorar consideravelmente o desenvolvimento, a saúde e a resistência das plantas através da melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. As plantas têm grande capacidade de absorver moléculas orgânicas como os aminoácidos, proteínas, enzimas, vitaminas, antibióticos naturais etc. Estes elementos são resultado da ação biológica do solo e da matéria orgânica e sendo responsável pela maior vitalidade e resistência as plantas. • Adubação verde – é uma pratica utilizada para a fertilização do solo que consiste no cultivo de determinada planta, normalmente uma leguminosa, gramínea, crucífera e outras com a finalidade de proteger e melhorar o solo. Após determinado período é cortada e deixada sobre o solo ou a ele incorporada ainda verde e não decomposta, promovendo assim o seu enriquecimento com matéria orgânica e nutrientes, principalmente o nitrogênio. Os adubos verdes são de grande importância para implantação ou para conversão em um sistema de agricultura orgânica, pois auxiliam na desintoxicação do solo causada por herbicida ou outros produtos químicos. As leguminosas são usadas com mais freqüência, pois são importantes fontes de nitrogênio e facilitam sua fixação no solo. As gramíneas são boas fontes de carbono e produtoras de biomassa e as ervas nativas auxiliam a reciclagem de nutrientes e a preservação do ecossistema. Deve ser cortado antes da época de floração, podendo ser deixado sobre o solo ou enterrado de forma superficial para que possa se decompor e ser agregado a ele. • Adubação verde (Coquetel de) – é o plantio normalmente, feito a lan- ço, de uma mistura de semente de plantas de várias famílias como leguminosa, gramíneas, oleaginosa, crucíferas, vegetação nativas e outras, em uma área e que após um período, a massa vegetal é cortada e incorporada ao solo. Por apresentarem hábitos, necessidades nutricionais e parte aérea de formas diferentes e ocuparem diferentes estratos do solo permitem maior proteção ao solo e maior diversidade de nutrientes ao sistema que se vai implantar. • Adubação verde em consócio – é a plantação de espécies destinadas a produzir adubo verde em consócio com a cultura principal ocupando os espaços entre as linhas. Este método pode ser usado em culturas anuais e em culturas perenes. • Adubação verde em faixas – é a plantação de espécies destinadas a produzir adubo verde em faixas do terreno e o restante da área permanece com a cultura principal. Periodicamente, de acordo com o ciclo de produção, se invertem os cultivos, ou seja, o adubo verde é incorporado 17 e no local é plantada uma cultura comercial, enquanto no local onde havia a cultura comercial é plantado adubo verde, e assim sucessivamente. • Adubação verde em sucessão – é a plantação de espécies destinadas a produzir adubo verde logo após a colheita da cultura comercial. • Adubo – (1) substância que favorece o desenvolvimento (2) resíduos animais ou vegetais, ou substância química, que se misturam à terra para fertilizá-la. (3) fertilizante. • Adubo altamente solúvel – substância de origem mineral, química ou petroquímica, utilizadas como fertilizante que é fácil e rapidamente absorvida pelas plantas em virtude da sua alta capacidade de se dissolver em meios líquidos. A solubilidade pode ser testada na água, em citrato neutro de amônio ou em ácido cítrico a 2%. • Adubo de disponibilidade controlada são fertilizantes minerais que recebem tratamentos artificiais para dificultar sua solubilidade retardando desta forma sua liberação e controlando sua absorção pelas plantas. • Adubo orgânico – são substâncias utilizadas na agricultura formada por resíduos de diferentes origens (animal, vegetal e mineral) que contenham elevados teores de componentes orgânicos como carbono, celulose, lipídios, graxas, carboidratos etc. • Adubo organomineral – (1) composto orgânico formado pela mistura de fertilizante mineral como os macro e micronutrientes e matéria orgânica. (2) conjunto balanceado de resíduos orgânicos, macro e micronutrientes, essências que passam da forma inorgânica para a forma orgânica apresentando um complexo de microorganismos benéfico que interagem e promovem aumento significativo da meso e microfauna. • Adubo químico – substância ou composto de origem química ou petroquímica que favorece o desenvolvimento de plantas e outros vegetais quando misturadas à terra de forma direta ou diluídas em água (fertirrigação e hidroponia). • Aeração do solo – é a quantidade de ar do solo, quanto mais poroso e solto melhor a aeração. • Aerador – equipamento destinado a aumentar a quantidade de oxigê- nio na água, normalmente utilizado para manter ou aumentar a oxigenação de tanques de criação de animais aquáticos. • Aeróbico – organismo que depende do oxigênio para seu crescimento e sobrevivência. • Aerossol – (1) solução coloidal em que a fase dispersora é gasosa e a fase dispersa é sólida ou líquida. (2) embalagem de um produto (tinta, inseticida, medicamento, desodorante etc.) que deve ser usado sob forma de aerossol. 18 • Afecção – conjunto de fenômenos mórbidos que dependem da mesma lesão. • Afidídeos ou afídeos – família de pequenos insetos homópteros, parasitas de vegetais, como o pulgão-da-roseira, o pulgão-da-laranjeira. • Afluente – rio ou curso d’água que desemboca em um curso de maior volume de água. • Aftosa – ver febre aftosa. • Agave – (1) gênero de plantas agaváceas que se distribuem pelas zonas tropicais, subtropicais e temperadas; têm longas folhas espatiformes, geralmente, dentadas, que crescem em roseta. A maioria das espécies é dotada de racemo, com muitas flores; o fruto é capsular ou bacáceo; tais espécies fornecem o sisal. (2) qualquer espécie desse gênero como, por exemplo, o Agave sizalana, que fornece fibra dura, a mais valiosa economicamente, agávea, sisal, pita, babosa-brava, abecedária, iúca. (3) fibra extraída de suas folhas, com a qual se fazem cordas, barbantes, tapetes etc., e também utilizada no preparo da pasta celulótica para fabricar papel e na fabricação de cortisona. • Agente biológico de controle – organismo vivo, de ocorrência natural ou obtido através de manipulação genética desde que não envolvam a utilização de moléculas de DNA e/ou RNA, introduzido no ambiente para controlar a população ou atividade biológica de outro organismo vivo considerado nocivo. • AGF (Aquisições do Governo Federal) – mecanismos utilizados pelo governo durante o período de safra, quando a oferta de produto é maior, que consiste na aquisição de produtos para formar o estoque regulador para garantir o abastecimento e não permitir variações acentuadas de preço tanto para os produtores e consumidores. • Agrário – relativo à terra. • Agregado – (1) diz-se de grandezas referentes à economia como um todo, resultantes da soma de dados individuais. (2) conjunto, aglomerado. (3) grandeza relativa à economia como um todo. (4) trabalhador rural estabelecido em terra alheia mediante certas condições. (5) trabalhador rural que vive em fazenda ou propriedade alheia, cultivando certa porção de terra e prestando serviço ao proprietário alguns dias por semana, mediante remuneração. (6) trabalhador rural que vive em fazenda ou sítio, prestando serviços avulsos, sem ser propriamente um empregado. • Agregados – moluscos acéfalos, sem concha, caracterizada pela reunião de muitos indivíduos da mesma espécie dentro de uma pele comum, que lhes confere a aparência de um indivíduo único. 19 • Agregar valor – utilização de processos físicos, químicos e/ou biológicos para alterar as características de um produto com o objetivo de aumentar sua utilidade ou aceitação pelo consumidor. Na cadeia produtiva de um bem cada elo é responsável por um tipo de processamento que agrega valor para etapa seguinte até torná-lo apto para o consumo final. • Agressividade – capacidade de um organismo patógeno causar uma doença severa em outro organismo em curto espaço de tempo. • Agrícola – referente ou relativo ao conjunto de operações que transformam o solo natural para produção de vegetais úteis ao homem. • Agricultura alternativa – o termo surgiu em 1977 na Holanda com a publicação de um relatório contendo a análise de todas as correntes não convencionais de agricultura, que foram reunidas sob esta denominação genérica. • Agricultura biodinâmica – surgiu na Alemanha, em 1924, com o humanista científico Rudolf Steiner, que busca a harmonia e o equilíbrio da unidade produtiva (terra, plantas, animais e o homem) através das influências cósmicas. Para que se estabeleça o elo entre as formas de maté- ria e de energia presentes no ambiente natural, são utilizados apenas os elementos orgânicos produzidos na propriedade agrícola, pois esta é considerada um organismo, um ser indivisível. • Agricultura biológica – surgiu na França, foi difundida por Claude Aubert. Na agricultura biológica, os produtos são obtidos através da utilização de técnicas como a rotação de culturas, uso de adubos verde, estercos, restos de culturas, palhas e outros resíduos vegetais ou animais e controle natural de pragas e doenças. Não é permitido o uso de fertilizantes, adubos e defensivos sintéticos para o manejo de lavouras e aceleradores artificiais de crescimento ou engorda no manejo de animais. Neste caso, somente é permitida a aplicação de vacinas obrigatórias. A fitoterapia, a homeopatia e a acupuntura são os tratamentos permitidos no caso de doenças, tanto de animais quanto de vegetais. • Agricultura convencional – (1) é um conjunto de processos de produ- ção agrícola, normalmente aplicado em áreas de monocultura de grandes dimensões nas quais são utilizadas técnicas de manejo da cultura e do solo desenvolvidas pela chamada Revolução Verde, após a segunda guerra mundial. Nestes processos a nutrição e defesa das culturas é feita através do fornecimento e aplicação de produtos, normalmente de origem química e/ou petroquímica, de alta solubilidade e de fácil absorção pelas plantas. (2) é descrita como o conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século 19, conhecida como a 2ª revolução agrí- cola, que teve como suporte o lançamento dos fertilizantes químicos por 20 Liebig. Este sistema expandiu-se após as grandes guerras, com o emprego de sementes manipuladas geneticamente para o aumento da produtividade, associado ao emprego de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes) e da maquinaria agrícola. O agricultor é dependente por tecnologias/recursos/capital do setor industrial, que devido seu fluxo unidirecional leva à degradação do ambiente. • Agricultura de precisão – é um conjunto de técnicas de gerenciamento sistêmico e otimizado de um sistema de produção agrícola através do domínio da informação, com a utilização de uma série de tecnologias e tendo como base as informações sobre o posicionamento geográfico. A essência da agricultura de precisão é a contínua obtenção de informações espacialmente detalhadas da cultura, seguida da utilização adequada destas informações para otimizar o manejo, definindo-se como aplicar no local correto, no momento adequado, as quantidades e tipos de insumos necessários à produção agrícola, para áreas cada vez menores e mais homogêneas. Os recursos de informação mais avançados são os Sistemas de Posicionamento Global (GPS) e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG). • Agricultura de subsistência – produção agrícola voltada unicamente ao consumo do próprio produtor. • Agricultura em andares – sistema agroflorestal ou agrossilvicultural, geralmente utilizado para recuperação de áreas degradadas através de técnicas agronômicas simples. Consiste no plantio consorciado de espé- cies vegetais agrícolas e florestais levando em consideração, principalmente a altura das espécies, geralmente são usados sete estratos de vegetação que são chamados de andares. Tem por objetivo conciliar o aumento de produtividade e rentabilidade econômica com a recuperação, a prote- ção ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações, promovendo, assim, o desenvolvimento sustentado. • Agricultura familiar – sistema agrícola, normalmente composto por vários cultivos em combinação com atividades pecuária e de criação de aves e suínos, desenvolvidos em pequenas propriedades e tendo como força de trabalho a mão-de-obra familiar. • Agricultura itinerante – (1) é o sistema de cultivo agrícola em que a terra é cultivada e abandonada após sinais de perda da fertilidade natural, deslocando então a lavoura para outra área com solo de maior fertilidade. Conjunto de operações que transformam o solo natural para produ- ção de vegetais úteis ao homem. (2) sistema primitivo de cultura do solo, característico das regiões tropicais, e pelo qual, após a queimada da mata, se instala determinada lavoura, que, quando a terra apresenta sinais de esgotamento, é abandonada, ocasião em que o lavrador parte à procura de nova área ainda inexplorada. 21 • Agricultura natural – surgiu no Japão, em 1935, com Mokiti Okada. Segundo a filosofia de Mokiti Okada, existem espírito e sentimento em todos os seres vivos (vegetal e animal). Por este motivo, a agricultura natural valoriza o solo como fonte primordial de vida e para fertilizá-lo é fortalecida sua energia natural utilizando como adubos, fertilizantes e defensivos, os insumos naturais obtidos do próprio meio. Seu objetivo é obter produtos mantendo os sistemas de produção iguais aos encontrados na natureza. • Agricultura orgânica – surgiu na Grã Bretanha, com Albert Howard, nos anos 30 e 40. É um conjunto de processos de produção agrícola que parte do pressuposto que a fertilidade do solo é função direta da matéria orgânica nele contida. A ação de microorganismos presentes nos compostos biodegradáveis, existentes ou colocados no solo possibilitam o suprimento de elementos minerais e químicos necessários ao desenvolvimento dos vegetais cultivados. • Agricultura periurbana – é a prática de técnicas agrícolas realizada em áreas no entorno de núcleos urbanos, geralmente com o plantio de pequenas hortas ou pomares e criação de pequenos animais tanto para consumo como para comercialização nos núcleos urbanos. • Agricultura permanente ou permacultura – surgiu na Austrália, em 1971, com Bill Mollison. Também é um modelo de agricultura integrada com o ambiente. A permacultura envolve plantas semipermanentes e permanentes, e atividade produtiva dos animais. São considerados os aspectos paisagísticos e energéticos na elaboração e na manutenção de policultivos, o que a diferencia das demais atividades produtivas. É permitido o uso de todos os produtos e tecnologias ecológicas que propiciem sustentabilidade. Não possui tecnologias próprias, utiliza as disponíveis que propiciem autosustentação, auto-suficiência e interatividade com a natureza. 

• Agricultura regenerativa – surgiu nos Estados Unidos, no final dos anos 70 e início dos 80, com Robert Rodale, este modelo reforça o fato de o agricultor buscar independência na produção através da potencialização dos recursos encontrados e criados na própria unidade de produção agrí- cola em substituição aos recursos externos. 

• Agricultura sustentável – é a manutenção da produtividade e da produ- ção agrícola com o mínimo possível de impactos ambientais, buscando o equilíbrio entre plantas, solos, nutrientes e outros organismos coexistente. 

• Agricultura urbana – (1) é a prática de técnicas agrícolas realizada em áreas inadequadas para construção civil, em locais de alta densidade populacional caracterizada como espaço urbano, geralmente com o plantio de pequenas hortas ou pomares. (2) pequenas áreas localizadas den- 22 tro da cidade que são destinadas ao cultivo, geralmente de hortaliças e frutas, e/ou a criação de pequenos animais tanto para consumo como para comercialização. 

• Agrobiologia – ramo da ciência que utiliza os conhecimentos da biologia nas suas relações com a agricultura. 

• Agroecologia – é um conjunto de conceitos, princípios, normas e métodos que possibilitam estudar, avaliar e manejar de forma consciente os sistemas naturais para produção de alimentos, permitindo compreender a natureza dos agrossistemas e desenvolvendo sistemas com dependência mínima de insumos energéticos externos. 

• Agroenergia – termo utilizado para identificar a concepção e ações estratégicas para aproveitamento de produtos agrícolas e florestais para a produção de energia renovável. Estas ações podem ser desenvolvidas através da utilização de produtos como: a cana, incluindo a produção de álcool combustível e a co-geração de energia elétrica, os óleos e gorduras vegetais e animais para a produção de biodiesel, as florestas (plantadas ou nativas) e seus produtos e co-produtos e outros resíduos agropecuários, como por exemplo, estercos para produção de biogás. 

• Agroflorestal – (1) sistema produtivo no qual a produção de bens florestais está associado à produção de outros produtos agrícolas usados pelo homem para sua alimentação ou bem-estar. Normalmente são constituído de várias espécies perenes para exploração de madeira, espécies frutíferas, plantas comestíveis, cacau, café etc. (2) sistema agroflorestal ou agrossilvicultural é o sistema de produção consorciada envolvendo um componente arbóreo e um outro, que pode ser animal ou cultivo agrícola, de forma a maximizar a ação compensatória e minimizar a competição entre as espécies, com o objetivo de conciliar o aumento de produtividade e rentabilidade econômica com a proteção ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações rurais, promovendo, assim, o desenvolvimento sustentado. 

• Agroindústria – indústria que processa ou beneficia matéria-prima oriunda da agricultura e a vende como produto para consumo ou matériaprima para outras indústrias. 

• Agrologia – ramo da ciência que trata do conhecimento da terra nas suas relações com a agricultura. 

• Agronegócio – relações comerciais efetuadas com produtos agrícolas através de atividades de compra e venda. 

• Agronomia – especialização da agricultura que trata da teoria e da prá- tica do cultivo de plantas, criação de animais, e do manejo técnico-científico do solo.